A Patagônia é uma região de quase 800 mil quilômetros na América do Sul. A natureza foi muito, mas muito generosa com essa pontinha do mundo, proporcionando diversas paisagens de tirar o fôlego. Foi uma das minhas viagens preferidas e fiquei com vontade de voltar para conhecer mais.
Eu planejei muito no decorrer do ano de 2015 e viajei em dezembro. Tem viagens que exigem uma preparação mais extensa e detalhada para que você possa gastar o mínimo e aproveitar o máximo. Sem um bom planjamento, acredito que eu não teria aproveitado nem metade do que aproveitei.
Então, para ajudar você a se planejar, reuni aqui as maiores dúvidas sobre essa viagem inesquecível:

Que época ir?
Para você aproveitar mais, sugiro ir entre os meses de Outubro e Abril, quando o clima é mais quente e os dias mais longos. Os meses de Novembro, Dezembro, Janeiro são os melhores, mas são os mais cheios. Eu fui em Dezembro e os Parques estavam bem cheios, mas nada que atrapalhasse minha visita.
Para quem só pode ir nos outros meses do ano, sugiro uma boa pesquisa na internet porque alguns passeios fecham nessa época e a neve pode atrapalhar alguns trechos das trilhas.
Como chegar?
Há várias formas de chegar na região da Patagônia. De avião a cidade mais próxima é El Calafate na Argentina ou Punta Arenas no Chile. Os brasileiros costumam comprar passagens para Santiago e depois comprar passagem de lá para Punta Arenas, ou comprar passagem para Buenos Aires e de lá para Ushuaia ou para El Calafate. Você pode comprar as passagens juntas ou separadas, nunca esquecendo de verificar o número de bagagens permitidas em cada vôo.
Meu roteiro foi: Curitiba > Santiago > Punta Arenas > Puerto Natales > Torres del Paine > El Calafate > El Chaltén > volta tudo até Punta Arenas > Santiago > Curitiba.
Se você também vai por Santiago e quer economizar nas passagens para a Patagônia, compre suas passagens pela companhia aérea Sky em vez da Lan. Os vôos foram pontuais e a passagem estava 200 reais mais barata do que a da Lan. O único problema é que a passagem não é reembolsável. Comprei pela agência de turismo de Curitiba Rota Sul [fale com Ernesto (41) 9621-8538].
No voo de ida Santiago > Punta Arenas marque seus assentos na janela, do lado esquerdo do avião (quando você entra na aeronave pela frente, são as poltronas ao seu lado direito, normalmente de letras A,B,C). A vista vai compensar ficar acordado, especialmente quando o avião passa por cima das montanhas. O mesmo vale para a volta de Punta Arenas > Santiago, mas daí marque do outro lado (poltronas D,E,F). Não esqueça de comer bem antes de sair de Santiago ou de levar bolachas porque nem a Lan nem a Sky servem refeição neste vôo.
Como decidir para que lugares ir?
São muitos lugares maravilhosos para conhecer na Patagônia que fica quase impossível escolher. A região é enorme, então eu escolhi conhecer a Patagônia mais setentrional.
Os principais pontos turísticos dessa região são: Parque Nacional Torres del Paine, Geleira Perito Moreno+Parque Nacional de Los Glaciares, Monte Fitz Roy, Canal do Beagle, Isla Marta y Magdalena, Parque Nacional Tierra del Fuego.
As principais cidades são: Ushuaia, Punta Arenas, Puerto Natales, El Calafate e El Chaltén.
Na minha opinião, os pontos imperdíveis são o Parque Nacional Torres del Paine e o Perito Moreno.

Quantos dias de viagem?
Depende do número de cidades/pontos turísticos que você quer conhecer.
Eu sempre sugiro fazer as coisas com calma e conhecer bem os lugares. Para que correr? Se passar muito rápido pelas cidades e atrações, acaba não aproveitando bem nada e não conhecendo um pouco do dia a dia local. Assim, para uma viagem tranquila, sugiro ficar pelo menos 2 noites em cada cidade.
Meu roteiro foi de 10 noites na Patagônia e 5 em Santiago:
22/12/2015 - avião entre Curitiba > Guarulhos-SP > Santiago
23/12/2015 - passeios em Santiago
24/12/2015 - passeios em Santiago
25/12/2015 - avião entre Santiago > Punta Arenas
26/12/2015 - ida de Punta Arenas > Puerto Natales
27/12/2015 - trekking até base das Torres del Paine
28/12/2015 - passeio de carro no Parque Torres del Paine
29/12/2015 - Puerto Natales e redondezas
30/12/2015 - ida de Puerto Natales > El Calafate
31/12/2015 - trekking Big Ice no Perito Moreno
01/01/2016 - ida de El Calafate > El Chaltén
02/01/2016 - El Chaltén
03/01/2016 - volta de El Chaltén > Puerto Natales
04/01/2016 - volta de Puerto Natales > Punta Arenas e avião entre Punta Arenas > Santiago
05/01/2016 - passeios emSantiago
06/01/2016 - avião entre Santiago > Guarulhos-SP > Curitiba
Só por curiosidade, se eu fosse reduzir dois dias do meu roteiro, cortaria El Chaltén. Eu amei o Fitz Roy e a cidade, mas acho que o Perito Moreno e o Torres del Paine são indispensáveis. Relembrando que essa é uma opinião pessoal minha, baseada na minha experiência de viagem!
Repare que eu excluí Ushuaia do meu roteiro. O motivo foi que um amigo foi antes para lá e disse que a estrada entre Ushuaia e Punta Arenas é longa e sem muitas paisagens bonitas. Também disse que achou a região mais turística e menos "natural".
Como é o clima por lá?
O clima em toda a Patagônia é temperamental e extremo, mesmo no verão. Ele é famoso por virar de uma hora para outra sem qualquer aviso e pelos ventos absurdos. Conheço quem pegou neve na trilha para as Torres em Janeiro (pleno verão), para você ter noção da loucura que é.
Eu passei uma noite no refúgio Chileno na volta da trilha para as Torres e peguei frio de 4 graus durante a madrugada em Dezembro. Meu saco de dormir alugado para temperaturas negativas foi meu salvador!
Uma ressalva é para os ventos que podem chegar até a 100km/h na Patagônia toda. Minha dica é: não brigue com o vento. A mãe natureza é aterrorizante quando quer e as pessoas que não estão acostumadas acabam cometendo erros fatais. Se está ventando muito, a ponto de você sentir medo e de ser difícil se manter em pé, desista da caminhada e retorne. Eu desisti de ir até o Fitz Roy na Argentina porque estava ventando muito no dia e acredito que foi a melhor escolha. Uma rajada de vento muito forte pode te arremessar da trilha montanha abaixo. Coloquem sempre suas vidas e sua segurança em primeiro lugar!
Que roupas/equipamentos levar?
Diante do clima maluco, é bom estar preparado para todas as situações. Sugiro levar o famoso esquema de camadas para frio:
1ª CAMADA = segunda pele de rápida secagem. Não é a ceroula, e sim uma roupa técnica que transfere o suor para fora, mantendo seu corpo o mais seco possível.
2ª CAMADA = roupa intermediária polar para manter seu corpo quente. São os casacos de Polartec, de pluma de ganso, etc.
3ª CAMADA = casaco impermeável para proteger contra o vento e a água. É o famoso Anorak, feito normalmente das membranas Gore-Tex, Hyvent etc.
Você encontra todas essas roupas na North Face, da Decathlon ou em qualquer loja especializada em montanhismo. O legal é que elas podem ser reutilizadas em qualquer outra viagem para climas frios e até mesmo serem usadas na sua cidade durante o inverno.
Se você não tem muita restrição de orçamento, eu tenho que recomendar uma jaqueta de plumas da North Face. Eu amo a minha e uso sempre nas viagens e no dia a dia do frio curitibano.
Importante dizer também que, mesmo nas cidades, o visual que reina é o de montanhismo. Então, mesmo no restaurante chique, sempre vai ter gente vestida nessas roupas técnicas. Claro que de vez em quando eu via uma mulher de calça de couro, salto alto e colete de pele no meio da montanha tirando foto fazendo biquinho de selfie. Mas, essa criatura por lá é raridade. Pode relaxar e deixar as roupas mais "chiques" em casa.
Como calçado sugiro comprar uma boa bota impermeável de caminhada, especialmente se você for fazer qualquer tipo de trekking. A minha é a Conquest GTX da Salomon, marca francesa, e a do meu namorado é a Vento Finisterre, marca brasileira. As duas são ótimas e aguentaram super bem o frio, a lama e a chuva na trilha. Combine sua bota com meias específicas para caminhada sem algodão.
Claro que se você não for fazer qualquer caminhada na viagem, não é preciso comprar uma bota dessas, vá com uma bota normal sem salto ou um tênis confortável que já está ótimo.
Se vai fazer trilha, além da bota que é indispensável, recomendo levar uma boa mochila com capa de chuva (a minha é a Kestrel 48 litros da Osprey), bastões de caminhada (acredite, são muito úteis! os meus são da Black Diamond, modelo Trail Back), kit de primeiros socorros muito bom, luvas impermeáveis e uma garrafa de água com boca larga (para ser mais fácil de reabastecer nos riachos).
Você pode alugar equipamentos em Puerto Natales para o Torres del Paine. Aluguei no meu hotel saco de dormir e estava em excelentes condições. Para alugar em um dia e devolver no outro saiu 5 mil pesos cada saco de dormir, sendo que para retirar você tem que deixar uma garantia de 70 mil pesos para cada um, então vá com dinheiro de sobra. Por toda a cidade há placas de lojas que alugam equipamento. Há barracas, campons, bastões de trekking, sacos de dormir, isolantes térmicos, material para rapel e escalada etc.
Quanto custa?
Não vou mentir, uma viagem para a Patagônia é cara. Notícia ruim para os mão-de-vaca e os mochileiros de plantão. Claro que você consegue economizar muito ficando em albergues nas cidades e acampando no Parque, mas ainda sim é uma viagem razoavelmente acima da média no quesitos valores.
Nos hotéis, que eram simples e confortáveis (sem luxo), custaram em média R$ 400.00 por noite para o casal. E os hostéis R$ 60/70 por pessoa.
A comida achei mais cara que no Brasil, sendo que no Chile foi mais cara que na Argentina. Os passeios também foram muito caros. O Big Ice, por exemplo, saiu mil reais por pessoa.
Como se locomover entre as cidades?
Como estávamos em 2 famílias, achamos uma boa opção alugar 2 carros logo na nossa chegada em Punta Arenas. Eu recomendo a experiência e gostei especialmente da liberdade que estar de carro nos propiciou. Fizemos nosso roteiro e nossos horários, sendo que o carro foi muito útil para ir almoçar/jantar nos restaurantes que queríamos e para fazer diversas pausas aleatórias para fotos.
Aluguei na subsidiária da Avis, a EMSA (avis@viaterra.cl). Eram dois Toyota Corollas XLI com mais ou menos 70 mil quilômetros rodados cada. Eles estavam tão judiados, mas tão judiados, que apelidamos eles de o “Podrão” e o “Podrinho”. O Podrão tinha o pára-choque traseiro solto e o para-choque do Podrinho estava preso ao resto do carro com uns lacres plásticos, merecendo o título de o carro mais inteiro. Os carros, ao final, acabaram mostrando seu valor, sendo que não nos deixaram na mão nenhuma vez a viagem toda, enfrentando kms e mais kms em estradas de rípio.
Achamos muito caro alugar carro por lá, em especial porque para atravessar para a Argentina você precisa do Permiso Internacionale que custa 65 mil pesos para 3 dias ou mais. Na hora que você desembarca em Punta Arenas, logo que pega as malas vai ver o guichê escrito Avis.
Valor total do aluguel para 10 dias com o permiso internacional = 602.900 pesos (quase 3 mil reais) por carro.
Outra opção muito usada na Patagônia é ir de uma cidade para outra de ônibus. São ônibus bons e os preços são razoáveis. Entre Punta Arenas e Puerto Natales, por exemplo, uma passagem de ônibus da Buses Fernandez custava 6.500 pesos por pessoa e você compra na sede da empresa na Rua Armando Sanhueza, 745, Punta Arenas.
Que moeda levo?
Para descobrir que moeda levar, o melhor é entrar no site dos câmbios de Santiago e simular a conversão (www.cambiosantiago.cl ou www.afex.cl), sendo que trocar em Snatiago é mais barato que trocar na Patagônia.
Se você vai por Buenos Aires, de uma olhada nesta casa de câmbio: http://www.tsacambio.com/index.php
Na época que eu fui, para o Chile o melhor era levar em real e trocar por peso chileno e, para a Argentina, levar em dólar e trocar no câmbio blue (paralelo). Como agora o Macri alterou as regras de câmbio, não sei dizer qual é a melhor opção para a Argentina.
Reservo algum passeio com antecedência?
Sim! Especialmente se estiver indo em alta temporada (verão).
O mais importante de reservar é o Mini Trekking ou o Big Ice no Perito Moreno. A única empresa que tem licença para fazer trekking no Perito Moreno é a Hielo y Aventura, sendo que na alta temporada é quase impossível de conseguir uma vaga para o Big Ice (trekking de 6 horas sobre a geleira) um dia antes. Reservamos, então, pelo site da empresa pagando com cartão de crédito internacional (só Visa ou American Express). A reserva foi tranquila e deu tudo certo. Já o minitrekking (2 horas de passeio) tem mais vagas e você até pode dar sorte de conseguir reservar um dia antes, mas no dia que chegamos em Calafate já estava completamente esgotado.
Outro passeio que lota é o de barco para a Isla Magdalena y Marta para ver os pinguins de Magalhães saindo de Punta Arenas. São mais ou menos 60 mil casais de pinguins que se reproduzem na ilha. Se você vai em alta temporada e quer garantir o passeio, talvez seja melhor entrar em contato com alguma agência de viagem já aqui do Brasil (como por exemplo a Solo Expediciones).
Seguro de Viagem
Para quem, como eu, pretende fazer trekking em montanha e em glaciar, acho importante ficar atento com o seguro de viagem. Consultei grande parte das seguradoras que atendem no Brasil e nenhuma das coberturas normais incluía essas atividades. Ou seja, se você quebrar a perna no trekking para o mirador Base de Las Torres o seu seguro pode alegar que está fora da cobertura.
Depois de muita pesquisa acabei fechando com a World Nomades, que é indicada por quase todos os blogs de viagens e pela National Geographic e o Lonely Planet. Comprei pelo site deles, mas não precisei usar, então não posso avaliar o serviço prestado. Só atenção que ela é um pouco diferente das operadoras de seguro com que estamos acostumados e cobra uma taxa por cada vez que você usa.
Onde fico hospedado?
Fiz todas as minhas reservas pelo Booking, inclusive dos hostels. Os que indico são:
SANTIAGO - Plaza El Bosque San Sebastian
PUNTA ARENAS - Apart Hotel Quillango
PUERTO NATALES - Hotel Hallef e Patagonia Adventure Hostel
EL CALAFATE - Hosteria Los Canelos e Del Glaciar Libertador Hostel
EL CHALTÉN - Hotel Lunajuim e Hotel Poincenot
No Chile, o estrangeiro que apresentar o cartão de entrada ou o passaporte e pagar em dólar/euro ou cartão de crédito internacional ganha a isenção do imposto IVA de 19%. Compensa muito e todos os hotéis em que ficamos deram a isenção.
Como me comunico com o Brasil?
Nos hotéis é fácil conseguir wifi, mas as vezes ele não funciona muito bem, especialmente nas cidades menores como El Chaltén e Puerto Natales.
Se você depende de internet, não deixe de comprar um chip de celular da Entel no Chile. Achei que valeu super a pena. Você paga o chip e daí carrega quanto quer em qualquer farmácia e funcionou da Patagônia também. Assim você sempre tem 3G e pode fazer ligações locais se precisar.
Alimentação e Restaurantes:
PUNTA ARENAS: o La Chocolatta tem um chocolate quente delicioso e estava aberto no feriado (R. Gobernador Carlos Bories, 852 – uma quadra e meia da Plaza de Armas). Também achei gostoso o misto quente deles. Não deixe de comer o chupe de centollas no restaurante La Luna (R. Bernardo O’ Higgins, 1017 – também perto da Plaza de Armas). É caro (13.500 pesos), mas se você não estiver morrendo de fome dá para dividir entre duas pessoas. Foi o melhor prato da viagem! Amamos! Também gostamos de tomar café da manhã no Lomito’s (R. José Menéndez, 722 – perto da praça também). Peça o ovo mexido com queijo e presunto que vem em um cumbuquinha e acompanha torradas (não está no cardápio).
PUERTO NATALES: gostamos do Masay Pizza, que tinha preços acessíveis, boas pizzas e um sanduíche chamado York Carne (pão, carne, maionese e ovo) bem gostoso.
EL CALAFATE: almoçamos um dia no Pietro’s café, um restaurante bem bonito em uma esquina na rua principal. Outro restaurante que tenho que recomendar também é o Casimiro Biguá Parrilla & Asador. Passamos a virada do ano nele e estava tudo maravilhoso. O cordeiro patagônico, então, estava divino. No hotel dos meus pais indicaram o La Tablita, mas quando fomos não havia mais vaga.
EL CHALTÉN: não deixe de experimentar o Ahonikenk Fonda Patagonica. De fora ele não parece grande coisa, mas a comida estava muito boa e o preço era bem acessível. Pedimos o bife à milanesa e o bife de chorizo e estava ótimo. Você pode tomar vinho da casa servido em uma jarra de pinguim muito fofa. Também gostamos do La Wafleria, que tem sobremesas de waffle com sorvete e chocolate muito boas. Ainda, não deixe de comer os doces da padaria La Nieve que são uma delícia.
Um pouco da história da Região - Selk’nam, Magalhães e Darwin:
O descobridor da Patagônia - Magalhães foi um português que, a mando da coroa espanhola, partiu em 1519 em busca de um novo caminho para as índias, completando a primeira circum-navegação. A viagem foi um desastre, só deu prejuízo para a Espanha e Magalhães morreu no meio do caminho lutando com índios em uma ilha nas Filipinas. Mesmo assim, foi muito importante na história da navegação e rendeu a descoberta do estreito que liga os oceanos Atlântico e Pacífico, chamado hoje de Estreito de Magalhães, que fica na Patagônia. Na cidade de Punta Arenas você pode contratar um passeio de barco pela região ou até mesmo ir ver a colônia de pinguins de Magalhães nas ilhas Marta y Magdalena.
Os moradores da Patagônia - os indígenas Selk’nam viveram na Tierra del Fuego entre 10mil e 15mil anos atrás, sendo que os homens eram caçadores ferozes e, as mulheres, mergulhadoras destemidas. Eles ficavam sempre pelados, mesmo durante o inverno rigoroso da Patagônia e, para se aquecer, faziam fogueiras enormes. Há relatos de que foi a fumaça dessas fogueiras que Magalhães viu e por isso que apelidou o arquipélago de Terra do Fogo. Você vai ver diversas fotos preto e branco de homens pelados com o corpo totalmente coberto por tinta durante toda a viagem, que foram tiradas durante um ritual de iniciação dos adolescentes homens. Há um painel de madeira com uma pintura representando esse ritual na entrada da van e você pode colocar sua cabeça e tirar uma foto.
O explorador da Patagônia - Já Darwin é aquele cara barbudo e simpático que todos conhecemos pela teoria da Seleção Natural e a evolução das espécies. Antes de ficar famoso, contudo, ele viajou pelo mundo por 5 anos no navio HMS Beagle observando a natureza, sendo que diversas das suas mais interessantes observações foram feitas na Patagônia.